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Lógicas de poder e domínio dos corpos em 1984: manipulação da verdade e biopolítica

Aicha de Andrade Quintero Eroud1 | Lorena Rodrigues Tavares de Freitas2


ANIMA: Revista Eletrônica do Curso de Direito do Centro Universitário UniOpet —Vol. 27 – Curitiba, jul./dez., 2022-ISSN 2175-7119 –


Resumo:

A obra 1984 é um romance distópico que retrata uma sociedade que vive sob um regime totalitário impregnado pelo Partido, liderado pelo Big Brother, o Grande Irmão. O objetivo deste estudo é analisar as dinâmicas da sociedade reproduzida por George Orwell, com a intenção de compreender as lógicas de poder utilizadas pelo Partido para almejar a dominação dos corpos e, consequentemente das vestimentas. Do ponto de vista teórico, este estudo se apoia nas noções de biopolítica de Michel Foucault e Giorgio Agamben, utiliza as análises de Hannah Arendt sobre o totalitarismo e traz o conceito de panoptismo delineado por Foucault. Como resultado, argumenta-se que a biopolítica e a manipulação da verdade pelo Partido se inscrevem como lógicas de poder, sendo a vigilância um instrumento que auxilia no controle e aumento da efetividade do poder e no domínio do sistema totalitário sobre o indivíduo. Também constatou-se que a vestimenta, como extensão do corpo, configura-se como tecnologia da biopolítica.


Palavras-chave: 1984; Manipulação; Totalitarismo; Biopolítica; Corpo.


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1 Mestranda em Literatura Comparada pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana - UNILA. Graduada em Direito pelo Centro de Ensino Superior de Foz do Iguaçu - CESUFOZ. Especialista em privacidade e proteção de dados pelo Centro Universitário Autônomo do Brasil - UNIBRASIL (ESA e ESMAFE). Especialista em Gestão, Estratégia e Planejamento em Fronteiras pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras - IDESF. Integrante do grupo de pesquisa GEPALC- Gênero e Poder na América Latina e Caribe. Presidente da Comissão de Direito Digital e Proteção de Dados da OAB Subseção Foz do Iguaçu (2022-2024). Membro Correspondente da Comissão Especial de Privacidade, Proteção de Dados e Inteligência Artificial da OAB Seção São Paulo (2022-2024). Diretora de Direitos Humanos do IDESF. Membro Titular do Comitê de Proteção de Dados do Instituto Brasileiro de Consumidores e Titulares de Dados (IBCTD). Coordenadora do Curso de Direito e do Núcleo de Práticas Jurídicas do CESUFOZ. Professora do curso de Direito do CESUFOZ e UNIFOZ. Advogada. Palestrante e escritora.


2 Doutora em Sociologia Política pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). É professora adjunta do curso de graduação em Antropologia-Diversidade Cultural Latino-Americana e do Programa de Pós-Graduação em Literatura Comparada (PPGLC) da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Atualmente é pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É líder do grupo de pesquisa GEPALC - Gênero e Poder na América Latina e Caribe, onde desenvolve pesquisas sobre gênero e desigualdades, feminismo decolonial, sexualidades e processos de subjetivação.


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